terça-feira, 13 de maio de 2008

DARWIN E NIETZSCHE

Desde que comecei a ler os livros e o mundo, desenvolvo quase como uma paixão pelo conhecimento (ainda que sentimento e razão sejam antagônicos num mesmo indivíduo). Uma coisa que me irrita é ouvir ingratidões ou calúnias contra a Ciência ou a Filosofia, apenas porque elas não dão todas as respostas aos devaneios humanos. Penso ser impossível alguém conhecer Darwin (incluindo os pós-darwinistas) e ficar indiferente, refutar a teoria da evolução das espécies ou criticá-la duramente, tendo o criacionismo como referência. Impossível esse mesmo alguém ler Nietzsche e não inferir de sua filosofia certas verdades palpitantes, como a que denuncia a nefasta influência da tradição judaico-cristã em nossa civilização. A maioria dos meus contemporâneos parece não conhecer Darwin e Nietzsche. Da mesma forma, não conhecem Marx e Freud (incluindo os pós-freudianos). Ultimamente, inclino-me a pensar que poucos estão dispostos a saber algo que acusa seu narcisismo, “seachismo”, ou coisa que o valha. Meus textos anteriores constituem um bater constante na mesma tecla. Não os considero totalmente infrutíferos, perda de tempo, em razão da incompreensão ou da resistência que sei caracterizar o senso comum. São os primeiros passos de uma longa caminhada que pretendo realizar. Já vislumbro a possibilidade de êxito, uma vez que a Filosofia passa a despertar a atenção da opinião pública, reinserida nas escolas de educação básica. Tenho certeza de que o ensino filosófico será mal direcionado, adequando-se aos mesmos valores que conduzem nossa sociedade a um excesso de sensibilidade (como temia Nietzsche).

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