segunda-feira, 12 de outubro de 2015

O COMÉRCIO SANTIAGUENSE

O comércio santiaguense, a despeito de ter experimentado uma evolução nos últimos anos, ainda padece de certos vícios funcionais. Noutras palavras, atendimento não satisfatório ao cliente.
Vale lembrar que “cidade educadora” é um programa, uma política necessária (desenvolvida pelo poder público), não uma característica observada em nossa sociedade.
A falta de educação no comércio não é uma exceção, também ocorre no trânsito, por exemplo. Duas causas tendem a perpetuá-la: a ignorância (o desconhecimento de uma prática) e a soberba (o estado de quem se coloca acima dos outros, a presunção de saber mais).
O(a) recém-admitido(a) pode ignorar a melhor forma de atendimento. O(a) funcionário(a) antigo(a), tendo desenvolvido uma opinião demasiado boa e lisonjeira sobre si mesmo(a), pode não ser de todo simpático(a).
Essas duas características individuais acabam personificando as próprias empresas do nosso comércio. Em época de “vacas gordas” e sem concorrentes, o atendimento não é dos melhores. O freguês é que corre atrás, com a desenvoltura que lhe exige a vez de ser atendido. No outro extremo, quando há concorrentes e/ ou a crise bate à porta, o cliente corre o risco de ser arrastado para dentro ao passar em frente da loja. A necessidade de vender beira à impertinência.
Minha vaguidade é uma forma educada de expressão verbal. Não faltam exemplos de pessoas físicas e jurídicas, que atuam como o descrito no parágrafo acima.  
Nestas duas décadas em que voltei a residir na minha cidade, não fui bem atendido várias vezes, de me prometer não mais retornar à casa comercial.
Não sou difícil, diga-se de passagem. Pessoas que vêm de fora, a passeio ou de mudança, são muito mais suscetíveis.
Em duas ocasiões, foram os(as) proprietários(as) que, por soberba mesmo, atenderam-me mal. Desde então, para comprar materiais de construção ou almoços, há dois endereços no Centro que não procuro mais.
Em contrapartida, sei valorizar o bom atendimento no comércio local, para o qual passo a fazer propaganda gratuita. 

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