O comércio santiaguense, a despeito de
ter experimentado uma evolução nos últimos anos, ainda padece de certos vícios
funcionais. Noutras palavras, atendimento não satisfatório ao cliente.
Vale lembrar que “cidade educadora” é um
programa, uma política necessária (desenvolvida pelo poder público), não uma
característica observada em nossa sociedade.
A falta de educação no comércio não é
uma exceção, também ocorre no trânsito, por exemplo. Duas causas tendem a
perpetuá-la: a ignorância (o desconhecimento de uma prática) e a soberba (o
estado de quem se coloca acima dos outros, a presunção de saber mais).
O(a) recém-admitido(a) pode ignorar a
melhor forma de atendimento. O(a) funcionário(a) antigo(a), tendo desenvolvido
uma opinião demasiado boa e lisonjeira sobre si mesmo(a), pode não ser de todo
simpático(a).
Essas duas características individuais
acabam personificando as próprias empresas do nosso comércio. Em época de “vacas
gordas” e sem concorrentes, o atendimento não é dos melhores. O freguês é que
corre atrás, com a desenvoltura que lhe exige a vez de ser atendido. No outro
extremo, quando há concorrentes e/ ou a crise bate à porta, o cliente corre o
risco de ser arrastado para dentro ao passar em frente da loja. A necessidade de
vender beira à impertinência.
Minha vaguidade é uma forma educada de
expressão verbal. Não faltam exemplos de pessoas físicas e jurídicas, que atuam
como o descrito no parágrafo acima.
Nestas duas décadas em que voltei a
residir na minha cidade, não fui bem atendido várias vezes, de me prometer não
mais retornar à casa comercial.
Não sou difícil, diga-se de passagem. Pessoas
que vêm de fora, a passeio ou de mudança, são muito mais suscetíveis.
Em duas ocasiões, foram os(as)
proprietários(as) que, por soberba mesmo, atenderam-me mal. Desde então, para
comprar materiais de construção ou almoços, há dois endereços no Centro que não
procuro mais.
Em contrapartida, sei valorizar o bom
atendimento no comércio local, para o qual passo a fazer propaganda gratuita.
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