quinta-feira, 1 de maio de 2008

VISÃO POÉTICA

Ao me levantar ontem de manhã, entre seis e sete horas, fui à área de serviço para calçar meus coturnos, olhei para a noite que sumia depressa na direção oeste e pensei: essa visão merece um poema. Desde pequeno, ouvi falar na "barra do dia" que chega, nunca no seu oposto. Dessa forma, escrevi os seguintes decassílabos:
oo
o dia chega
oooooooooono apagar
ooooooooooooooooooodas luzes
a noite foge
ooooooooooparalém
do poente
atropelado
oooooooooobando
ooooooooooooooooooode avestruzes
de escuras penas
ooooooooooooooovai-se
de repente

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