quarta-feira, 11 de maio de 2016

O HOMEM SOB O ESCANTILHÃO DA TAXONOMIA

     A taxonomia é a ciência que classifica todos os organismos vivos do planeta. Esse conhecimento foi sistematizado pela racionalidade humana de uma forma gradual e cumulativa. Ainda há criaturas a ser conhecidas, ainda há avanço na própria razão que conhece.
O que se sabe até o presente sobre o homem, por exemplo, já é suficiente para classificá-lo como pertencente ao reino animalia, filo chordata, subfilo vertebrata, classe mammalia, ordem primata, subordem antropoidea, superfamília hominoidea, família hominidea, gênero homo, espécie homo sapiens. Alguns estudiosos acrescentam a subespécie homo sapiens sapiens – um exagero taxonômico.
    Não há como excluir o homem da classificação acima por intermédio de mitos religiosos ou ufológicos, dando-lhe uma natureza especialíssima, propiciada pela vontade de um criador (como mitifica o Gênesis bíblico) ou trazido do espaço por seres extraterrestres (como imagina Zacheria Sitchin).
Os espiritualistas acreditam, todavia, que a principal distinção humana transcende a natureza animal. Ela passou a ocorrer com a dotação de uma alma divina no homem, malgrado ninguém saber quando exatamente ocorreu essa interposição anímica. Uma crença que adquiriu estatuto de verdade.
Na constituição biológica do homem, em maior ou em menor percentagem, encontra-se o ADN presente em todos os seres do reino animal – independentemente do filo a que estes pertencem. A relação é extensa: esponja, coral, água-viva, pepino-do-mar, mexilhão, abelha, tubarão, rã, lagarto, pinguim, morcego etc.
Dos animais acima, o morcego está mais próximo do homem, uma vez que pertence à mesma classe (mammalia). Essa proximidade aumenta, à medida que mais se recua no tempo, a ponto de coincidir com uma espécie ancestral única, origem de todos os mamíferos. 

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