Não há dúvida, a
nação brasileira atravessa uma crise ética (por trás da crise política e da
financeira).
Os deputados federais, votando contra ou a favor do impeachment, repercutiram enviesadamente
o discurso da sociedade não atendida em sua pretensão republicana.
Os cidadãos
civis clamam por uma maior representatividade, intransigentes com o politicar
em causa própria, com a corrupção. Suas vozes alcançam mais amplitude, contra
um (im)possível retrocesso da liberdade individual.
Toda alusão ao ditatorial é
tida como uma agressão inconcebível ao estado democrático de direito – uma conquista
da modernidade ocidental (a partir da Revolução Francesa).
Nesse sentido, o
voto de Jair Bolsonaro foi desastroso em suas menções últimas. Caso o concluísse
na má educação propiciada às crianças pelo governo, tê-lo-ia formulado de uma
forma irrepreensível. Contra a corrupção da personalidade inocente.
Ao ir
adiante, o deputado pediu para levar uma cusparada em plenário e a pecha de
despótico.
Agora se defenderá contra o pedido de sua cassação feito pela
OAB-RJ.
Outros representantes do povo também foram desastrados ao proferir seu
voto (contra ou a favor do impeachment). Maria do Rosário, por exemplo, ao
aludir à “ditadura”, provocou a reação de Bolsonaro (seu desafeto reconhecido).
Os mesmos deputados que discursam contra a corrupção, o que pressupõe um boa
representação dos cidadãos que votaram neles, também são vulneráveis à propina
e vendem seu apoio.
Resta saber se os cidadãos, que elegem seus representantes,
são eticamente corretos em todas as situações do dia a dia.
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