quarta-feira, 11 de novembro de 2020

ELEIÇÕES

 

I – PESQUISAS PRÉ-ELEITORAIS – O resultado das eleições deve ser confrontado com as pesquisas publicadas anteriormente. Caso a margem de erro for pequena, renda-se homenagem ao acerto, à seriedade dos institutos responsáveis, bom como aos órgãos de imprensa que divulgaram a pesquisa. Caso contrário, com disparidade considerável entre previsão e resultado, justifica-se uma campanha (pública ou privada) contra o caráter tendencioso do instituto que elaborou a pesquisa e do órgão midiático que fez a divulgação.

II – CAMPANHA ACUSATÓRIA – O eleitor brasileiro já é constituído moralmente pelo meme* “falcatrua”, facilmente identificado em seus representantes no governo, não mais se importa com as acusações pré-eleitorais de que esse ou aquele candidato cometeu algum crime no exercício de seu cargo anterior. Nenhum eleitor reconsidera o voto em vista de acusações feitas contra seu candidato. A imoralidade é banalizada.

III – TEMPO PERDIDO – Os críticos esclarecidos ainda não ousaram questionar a morosidade do processo eleitoral no Brasil. Ao tempo perdido com esse processo, soma-se a demora na fase posterior ao pleito, de formação e de adaptação do novo governo. O país para no mínimo por seis meses, uma vez que seus políticos de carreira se encontram em campanha, em suas bases eleitorais, ou se acomodando aos cargos a que foram eleitos.

* Meme: o termo foi cunhado por Richard Dawkins em 1976, no seu O gene egoísta, e vem da palavra grega “mimeme” (que significa “algo que é imitado”). O meme está para a cultura como o gene, para a biologia.

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