segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

IMIGRAÇÃO CENTRO-AMERICANA


O presidente dos Estados Unidos adiantou que negará refúgio a imigrantes da América Central. Ele se torna, assim, porta-voz da maioria de seus compatriotas, temerosos de que venham a ter problemas semelhantes aos já enfrentados pelos países da União Europeia.
        Duas considerações são relevantes:
        Os imigrantes em marcha rumo ao Tio Sam não provêm de outra cultura (ou civilização), são cristãos como os estadunidenses. Eles fogem da violência e da pobreza que assolam Honduras (alinhado desde sempre aos EUA).
           Línguas anticapitalistas insinuam que a situação de Honduras decorre de um “golpe constitucional” apoiado pelos EUA. Um equívoco, na medida em que a crise política originada pela guinada esquerdizante do governo de Manuel Zelaya, não foi a causa da crise econômica, a qual se avulta desde o final do século passado. Diferentemente da Venezuela, a economia do país centro-americano foi limitada, geográfica e historicamente, desde sua independência.
        O cidadão norte-americano tem o direito de se posicionar contra a entrada de imigrantes. Seu humanismo de fundo religioso não é suficientemente forte para aceitar impassível uma invasão, a colocar em risco a própria estabilidade socioeconômica.

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