segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

A GUERRA DAS FAKE NEWS


A GUERRA DAS FAKE NEWS

       O juiz então presidente do Supremo Tribunal Eleitoral alertava sobre as chamadas fake News, que seriam tipificadas como crime. Discurso vencido: a pós-verdade propagada via internet nasceria adulta no Brasil (ao longo dos meses que precederam o último pleito para a presidência).
Os brasileiros foram sujeitos (e objetos) de uma “guerra” digital, mesmo sem o conhecimento do que ocorrera recentemente nas eleições dos Estados Unidos e no Brexit.
A pletora de informações não cessou com a realização do processo eleitoral, como a que acusa a campanha do vitorioso ser potencializada no WhatsApp. A do candidato derrotado também o foi, malgrado uma desvantagem anunciada.
As fake News contra Bolsonaro projetavam um quadro futuro catastrofista, cuja base mal se fundamentava num discurso fora de contexto. Do outro lado, os informes eram mais verossímeis, uma vez que se baseavam no que o Partido dos Trabalhadores fizera no poder. Entre um quadro hipotético (de ameaça à democracia, por exemplo) e a realidade bem ou mal historiada, não há comparação possível.
A verossimilhança na propaganda dos dois candidatos foi o fator evolutivo mais relevante, a determinar o primeiro presidente eleito sob o domínio da pós-verdade (em que os fatos alternativos excedem os fatos objetivos).

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