terça-feira, 12 de dezembro de 2017

COMENTÁRIOS (IM)PERTINENTES

APORIA POLÍTICA

Sou de direita. Penso e defendo um Estado mínimo. O Estado, como se apresenta no atual momento histórico, caminha a passos largos para a bancarrota (ruína, falência, quebra). Ao terceirizar alguns serviços essenciais, as empresas contratadas planejam faturar dez vezes mais que o justo (em razão de seu cliente ser exatamente o Estado). Isso resulta num maior gasto aos cofres públicos. Qual a solução?


COLETA DE LIXO
Santiago já exemplifica o dilema exposto acima. O município não mais tinha condições de coletar e tratar todo o lixo produzido na área urbana (um exagero que responde pelo consumismo desenfreado). A alternativa foi terceirizar, repassando para os munícipes uma taxa para cobrir a nova despesa. O que poucos onerados sabem é que entrará em vigor um aumento exorbitante dessa taxa, mais exatamente 33%% para as coletas residenciais e 140%% para as coletas comerciais.


RODOVIAS E ESTRADAS
O aumento de taxas e impostos é tão somente uma das provas de que o Estado (em todos os âmbitos) se encontra em crise. As rodovias e estradas da nossa região também comprovam a ineficiência (pela péssima gestão) ou impotência (pela falta de recursos) do estado do Rio Grande do Sul e do município de Santiago. A RS-377 entre Santiago e São Francisco de Assis, mais exatamente entre a entrada para Vila Kraemer e Picada do Padre, está quase intransitável, forçando muitos condutores de veículos a fazer a volta por São Vicente. As estradas do interior santiaguense são empedrados naturais, coisa que nunca aconteceu em administrações passadas.  


quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

PADRES MITÓFILOS (OU MENTIROSOS)


   Os missionários da Companhia de Jesus que desembarcaram no continente há pouco descoberto pelos navegadores europeus, não encontravam aqui um terreno propício para impor a doutrina cristã. Alguns deles, a propósito, foram sacrificados pelos nativos, que ainda viviam num estágio de selvageria (cujo ápice evolutivo chegava ao arco e flecha).
      Não foram poucos os mitos (ou mentiras) que os padres contaram aos “índios”, no afã de persuadi-los a aceitar o mito maior (a mentira maior). Um desses mitos auxiliares é facilmente destacável na catequese ministrada na povoação de São Tomé (fundada em três lugares e tempos distintos).
      A crença existente entre os donos da terra de que o apóstolo São Tomé já estivera entre eles há muitos séculos era exatamente um desses mitos acessórios, uma mentira que não resistiu ao veredito do conhecimento posterior. Os padres a contaram como meio de justificar suas próprias presenças em meio aos “índios”. São Tomé, reza o mito, teria vindo anteriormente, para anunciar a visita futura dos evangelizadores da Companhia de Jesus.

      Os homens de sotaina, não desconfiavam os novos crentes, adiantavam-se, como aves pressagas, ao fim da liberdade e da vida natural das nações indígenas. A conversão ao cristianismo representava o primeiro ato dessa destruição humana, que mancha o passado da humanidade de uma forma inapagável.