segunda-feira, 27 de novembro de 2017

POLUIÇÃO AUDITIVA

Ultimamente, pessoas bem intencionadas protestam contra templos cristãos bem intencionados, que oram e cantam em volume muito alto.
A boa intenção dos reclamantes é o silêncio, algo cada vez mais escasso no cenário urbano. A boa intenção dos evangélicos (pastores e fiéis) é de “arrebanhar” mais seguidores para sua igreja. Não cabe aqui chamá-los de hipócritas (ignorantes do que o mestre ensina em Mateus 6.5-7, sobre a maneira correta de orar a Deus). A propósito, se Deus é onipotente, onipresente e onisciente, por que aqueles que creem nesses atributos divinos se reúnem em algum lugar (ou para pedir, ou para agradecer a ele)?
No confronto das boas intenções acima expostas, caso me fosse dado prerrogativas de juiz, decidiria pelo seguinte: toda pregação e cantoria não podem transpor os limites físicos do templo (que deverá ter isolamento acústico, à maneira dos clubes sociais).
Malgrado a impossibilidade do silêncio absoluto, toda emissão de som necessita de controle, sob pena de ocorrer o contrário: o incômodo auditivo, a poluição. 

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