O Chile passa por um problema social, em decorrência de um conflito entre extrativistas florestais e mapuches (povo nativo que habita o centro-sul do país). No último confronto, os mapuches queimaram 14 caminhões das empresas exploradoras, forçando o governo chileno a prender os líderes araucanos, então acusados de terrorismo. Muitos membros da nação autóctone vieram para a capital, onde protestam pela libertação de seus líderes. Ambientalistas, estudantes, políticos de oposição e outros inconformados politicamente se uniram aos protestos, dando uma canseira nas autoridades repressoras. As praças se transformaram num campo de batalha, com os manifestantes a pichar muros e a quebrar lâmpadas e placas, e os mantenedores da ordem a persegui-los com gases tóxicos e prisões. Viaturas oficiais em alta velocidade atravessam a noite com sirene ligada, a aumentar a vigília de hóspedes do hotel Principado de Astúrias. A palavra "libertad" está na boca dos mapuches, os últimos defensores das florestas no centro-sul do Chile.
sexta-feira, 29 de setembro de 2017
terça-feira, 12 de setembro de 2017
HIPOCRISIA SUPREMA
Pergunto
aos evangélicos, pastores e líderes de igrejas, qual foi a resposta que Jesus
deu aos fariseus, quando estes mostraram-lhe o dinheiro do tributo (Mt 22.21). Os
fariseus queriam apanhar pela palavra o nazareno: “É lícito pagar o tributo a
César ou não?”. A moeda apresentada trazia a efígie e a inscrição de César, o
imperador romano. A resposta foi simples e direta: “Dai, pois, a César o que é
de César, e a Deus, o que é de Deus”.
Minha
interpretação é de que o dinheiro podia ser dado a César, não a Deus, para quem
a doação deve ser de natureza imaterial (coerente com Mt 6.24). Hoje as igrejas
disputam a tapa o dízimo e outros serviços do gênero na forma de dinheiro (em
espécime). Essa riqueza mundana não retorna em obras para os necessitados, mas
é administrada pelos senhores do templo.
Não
divirjo da Bíblia, que traz 34 referências ao dízimo, em nenhuma delas fica
demonstrado que a oferta foi feita em dinheiro. A falácia que circula como
doutrina no meio religioso é de que a intenção do dizimista transcende as
especulações acerca da real utilização do dinheiro entregue de mão beijada.
A
hipocrisia dos fariseus que interpelaram Jesus parece coisa de criança se
comparada à dos criadores e administradores de igrejas do nosso tempo. A prova
do que afirmo nestes termos pode ser observada sob a claridade meridiana, na
forma de pastores que enriquecem a toda hora. O dizimista, por sua vez, não se
importa com essa desfaçatez, na medida em que ele ora para Jesus lhe dar uma
recompensa material.
segunda-feira, 11 de setembro de 2017
11 DE SETEMBRO
Manhã de 11 de setembro, do
ano de 2001, os Estados Unidos foram violentamente surpreendidos com ataques
terroristas, que causaram a morte de 3.278 pessoas. As imagens de dois aviões
contra as Torres Gêmeas não se apagam da memória daqueles que as viram
estupefatos pela primeira vez. A forma como os fatos invasivos justificaram a
nova política antiterrorista norte-americana engendrou a teoria conspiratória
na cabeça de gente anárquica, que imagina o envolvimento dos Estados Unidos.
Tais inimigos da liberdade, dominados por tânatos, batem palmas, quando
percebem o absurdo de sua ideia.
PARA ENTENDER O EVOLUCIONISMO
Um simples pé de umbu me serve para esclarecer sobre a evolução das
espécies, segundo a teoria extraordinária de Charles Darwin. Ao observá-lo, você
concluirá provavelmente, que ele foi planejado por um criador, em vista de sua
perfeição aparente. A árvore gigantesca só se manteria em pé, a resistir o
vento mais forte, graças às suas raízes enormes (que ocupam vários metros
quadrados antes de se fixarem profundamente no solo). A espécie Phytolacca dioica evoluiu de outra muito
semelhante. Certamente, no princípio dessa evolução, ela não tivesse as raízes
tão desenvolvidas, a causar a queda e morte de muitos espécimes. Apenas as
árvores com raízes um pouco mais desenvolvidas resistiam ao vento forte e
conseguiam sementar (a transmitir o upgrade
genético). Os espécimes que caíam, por sua vez, deixavam de integrar o processo
evolutivo. Ao longo de milhares e milhares de gerações, a regra passou a ser o
umbu com raízes cada vez maior, resistente ao vento forte. Sua perfeição
aparente não infere um designer inteligente, como acreditam os criacionistas,
mas o acúmulo de pequenas variações.
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