Não sei se sou mais pessimista que realista, ou vice-versa.
Os brasileiros chegam a um consenso: diretas já. Todos creem (à exceção de mim)
que novas eleições resolverão os nossos problemas políticos, não obstante o
grau de irresolubilidade que tenham alcançado nestes dias. Não penso assim.
Dentro de um ano, novo processo eleitoral será aberto, com a possibilidade de
ser conduzido pela “soberana vontade do povo”. E daí? Uma nova equipe de
governo (presidente, ministros e secretários), por acaso, será composta apenas por
pessoas incorruptas e incorruptíveis? A Lava-Jato continuará inconclusa, ou
dará origem a outras operações do gênero. Os otimistas que me perdoem, vítimas fáceis
da demagogia e do fisiologismo de nossos políticos.
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