No
instante anterior ao Big Bang, o mundo em que começo a fazer esta reflexão
existia como potência, possibilidade, para remeter a um aspecto da doutrina
aristotélica. Após a grande explosão, o universo passa à condição de ato,
realidade.
No
ser real, o filósofo não pensou nisto, ocorre o desenvolvimento latente de uma
nova potência, que reinicia o ciclo num próximo estágio.
A semente (potência)
produz a árvore (ato), que produz a semente... Por
analogia, concentrado num único ponto inimaginavelmente pequeno (potência), o
universo se expande a partir de uma explosão inimaginavelmente grande (ato),
proporcional à energia contida pela potência.
O
que pode ter produzido a potência, a possibilidade que resultou no ato, o
universo em que faço o presente questionamento?
A
lógica retroativa aponta para um ato anterior, outro universo que tenha se contraído
tanto, a ponto de se transformar em potência de um novo universo.
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