sexta-feira, 19 de maio de 2017

ATEU HONESTO



Não me interessa debater com os cultuadores de mito sobre a existência ou não de um deus. Por outro lado, gosto de questionar o caráter e a conduta contraditórios desses que creem num deus infinitamente bondoso. Malgrado sua crença, continuam a falar mal dos outros, a mentir para os outros, a invejar os outros, a lograr os outros (nos negócios mundanos), a espezinhar os outros...
Não mais aceito a desculpa de que o homem é falho. O falso arrazoado visa proteger a própria crença de que o homem é feito imagem e semelhança de um deus infinitamente bondoso. Ninguém é perfeito, no entanto perfectível, capaz de melhorar seu caráter e sua conduta, evoluir eticamente.
O mal nessas pessoas que conheço muito bem, não se limita à maledicência, à mentira, à inveja, à falcatrua, ao espezinhar, à maldade... mas é acrescido da crença num deus infinitamente bondoso, que as fez assim, falhas, contumazes no erro.
O teísmo é um subterfúgio, que serve para aliviar tais pessoas do sentimento de culpa, da má consciência... salvo-conduto para persistir no erro. A exposição ao ridículo que fazem de seu deus infinitamente bondoso é proporcional à própria hipocrisia.

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