ERRO SISTEMÁTICO NA APRESENTAÇÃO DA FILOSOFIA A ESTUDANTES DO ENSINO
MÉDIO
A história da
Filosofia é maçante demais para ser escrutinada por uma geração de indivíduos
pertencente à modernidade líquida. A Filosofia não se resume ao registro de sua
história (de 25 séculos), mas abrange Teoria do Conhecimento (ou Epistemologia),
Ética, Lógica, Filosofia Política, Estética... Essas áreas, via de regra,
amalgamam-se com os fatos filosóficos. Ainda que se priorize a história, o vetor
estabelecido pela cronologia não necessariamente deva ser unidirecional, apenas
do filósofo mais antigo para o mais moderno. Aulas intermináveis são dedicadas ao
estudo dos gregos clássicos, por exemplo, e citações rápidas aos pensadores
contemporâneos (uma vez que o tempo escasso em final de trimestre, semestre ou
ano letivo assim o exige). A história da Matemática, da Física, da Biologia, entre
outros campos do saber, não é prioridade para os alunos, senão o estágio atual
em que se encontram os conhecimentos matemáticos, físicos, biológicos etc. A
Filosofia deve ser ensinada como a própria atividade de pensar – não engessada
pelo tempo. Seu principal objetivo, segundo Wittgenstein, “é a clarificação
lógica do pensamento”. Desafio maior é fazer pensar a geração de indivíduos pertencentes à modernidade líquida.
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