AFETAÇÃO
Certo pastor evangélico
(conhecidíssimo em nossa cidade) descrevia deus em seu programa de rádio. Entre
os atributos do divino, ele enfatizou o poder e a suscetibilidade. O exemplo
para esta última não poderia ser mais antropomórfico: o pai que orienta seu
filho para o bem não vai gostar de ser ignorado, contrariado... Deus é assim (e
assado), segundo o pastor, o que prova a criação dessa entidade sobrenatural à
imagem e semelhança do homem.
ESPIRITUALIDADE
Meu interlocutor,
recém-ingresso na Maçonaria, insistia que o homem necessita de espiritualidade
(uma maneira de ser quase perfeita, na medida em que lapida a “pedra bruta”,
blá-blá-blá). Para ele, espiritualidade é transcendência mística,
religiosidade, e todo racional é frio, egoísta... Minha vontade imediata nesse
ponto foi de encerrar a conversa. Idealização e preconceito a exigirem estatuto
de verdade. Conheço a organização maçônica por intermédio de seus adeptos,
pessoas cujo caráter deixa a desejar, mais egoístas e frios (nos negócios e nos
relacionamentos) do que os racionais, ateus por excelência.
ESPIRITISMO
Outro interlocutor,
recém-ingresso no espiritismo, exige-me argumentos que provam a não existência
de deus, alma eterna, reencarnação etc. Como resposta, pedi-lhe que estudasse
História Natural, mais especificamente o evolucionismo. A evolução da vida neste
planeta desmistifica todos os mitos de divindades (elaborados pela fantasia
humana). O Livro dos Espíritos, não tenho a menor dúvida, constitui uma
engambelação bem articulada, falsamente intelectualizada, uma mentira com
estatuto de verdade (que ainda faz igreja).
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