Os presídios
encontram-se superlotados com traficantes de droga, com assassinos ligados ao
tráfico, entre outros.
Essas instituições penais existem para isolar indivíduos
ruins da sociedade, impedi-los que pratiquem seus crimes.
Tal impedimento não
mais ocorre nos presídios brasileiros, de onde emanam as ordens para fora.
Indivíduos em liberdade, não criminosos, todavia, continuam a consumir drogas.
Assim surge o paradoxo (ou aporia de cunho sociológico): o consumidor existe,
porque existe o traficante; ou o traficante existe, porque existe o consumidor?
Verdadeira a primeira alternativa, bastaria prender todos os traficantes,
tornando-os incomunicáveis, e a droga não mais estaria disponível para atender
a demanda.
Verdadeira a segunda, não haveria presídios suficientes para
interromper o fluxo tráfico-consumo.
Não há dúvida de que surgirão novos
traficantes, enquanto houver consumidor.
O único “pensador” a responder sobre o
paradoxo acima foi Pablo Escobar, jogando na cara daqueles que o caçavam, os
norte-americanos, “enquanto houver um mercado consumidor, tudo faremos para
abastecê-lo”.
Por que, então, o estado (com a aquiescência da sociedade) atua
como se a primeira alternativa fosse a certa, não conseguindo êxito tampouco em
dar solução ao problema.
No Brasil, cada vez mais fica evidente a
promiscuidade entre presos e cidadãos livres.
Estado e sociedade degeneram a
olhos vistos.
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