quinta-feira, 1 de setembro de 2016

CONHECIMENTO OU PERNOSTICISMO?

EM DUAS OCASIÕES perguntei a professores jovens de Filosofia qual era o pensador de suas últimas leituras. Um deles (que lecionava na URI) respondeu-me de pronto: HEIDEGGER. O outro, da UFSM, foi mais excêntrico ainda: WITTGENSTEIN. Precisamente os dois filósofos mais difíceis da modernidade seculovintista. O primeiro, segundo as palavras de Theodor Adorno, "envolve em névoa a ontologização do ôntico", e o segundo, compreensível a muito poucos. O que pode ser inferido da resposta dos professores? Uma indireta para encerrar o diálogo, coerente com a máxima wittgensteiniana de que se deve calar para aquilo que não se pode falar? É preferível essa análise a apontar para uma ostentação de pernosticismo intelectual.
(P.S.: O professor da URI não é Dirceu Alberti, um humilde amigo da sabedoria.)

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