terça-feira, 13 de setembro de 2016

BARBELA

No ano de 1980, o Barbela tinha um programa na Rádio Santiago, todos os domingos. Um dia, ele me convidou para fazer a leitura de uma crônica no ar.
Em 1985, fui a um sebo de Curitiba (quando lá residia) e, para minha surpresa, encontrei numa estante o livro Guri de campanha de meu conterrâneo. Fiquei eufórico e mandei uma longa carta ao Barbela, contando da minha alegria ao encontrá-lo em Curitiba. Ele me respondeu a carta.
Por volta do ano 2000, tivemos um pequeno embate sobre o Concurso Aureliano de Poesia, criado por mim em 1998. Ele discordara do resultado final, na medida em que o poema vencedor não pertencia à poesia crioula. A temática era livre, e Odemir Tex Jr., o laureado, hoje é um dos melhores poetas do Rio Grande do Sul. O Barbela desconhecia o regulamento.
O ano passado, com a ideia de fundar uma Academia Santiaguense de Letras, fui ao seu apartamento, para convidá-lo a participar como membro fundador. Na época, ele andava meio debilitado e não pode ir à reunião, que seria informal, mas que foi transformada em assembleia pelo presidente da comissão (malgrado a ausência de grandes nomes da nossa literatura, entre eles o Oracy e o Barbela).
Penso ter me redimido com o Barbela, se é que falhei na questão sobre o concurso acima declinado.
Um homem que deixará saudade.

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