sábado, 30 de abril de 2016

DO APODERAMENTO DA COISA PÚBLICA

Leio no blog do Ruy Gessinger


Um dos maiores problemas que ocorre em algumas regiões do RGS e em boa parte do Brasil é a falta de esclarecimento do povo acerca de seus direitos ante a Administração Pública.
E, em contrapartida, o Administrador se achar o dono do " feudo" em que se instalou.
Com décadas e décadas de práticas vedadas e ilegais, parte da população começa a achar normal o favorecimento, a nomeação sem concurso, o desvio de finalidade. Acha linda a festa feita com seu dinheirinho (se esquece que,ao comprar um artigo, parte é de impostos).
A iniciativa privada, onde há controles e horários, bem como metas a cumprir, passa a não mais interessar. Interessa a " boquinha".

Isso, talvez, ajude a explicar o atraso de umas regiões e a pujança de outras.

Na concepção do Estado republicano, era este um dos grandes dilemas de Montesquieu na Europa e dos Federalistas norte-americanos: como dispor o poder de forma a melhor preservar os interesses da sociedade contra interesses particulares de quem a representa funcional e temporariamente?
No Brasil, em todos os âmbitos (do municipal ao federal), desenvolveu-se uma cultural política (para não falar vício) de os cofres públicos é uma fonte inesgotável que sacia as paixões daqueles que os controlam, principalmente para assegurar a própria permanência no poder. Nesse aspecto, a reeleição é um mal, que vai de encontro ao instrumento idealizado por Madison para impedir o império das paixões humanas no exercício do poder político (as eleições regulares). 
Transcrevo a postagem do Ruy, parabenizando-o pela clareza e concisão de seu pensamento. É de lamentar que a verdade fique no plano ideal, da crítica, sem transformar a realidade (que continua tal e qual). 

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