sábado, 27 de fevereiro de 2016

BASE NACIONAL CURRICULAR COMUM

O Ministério da Educação é tendenciosamente ideológico ao propor mudanças na Base Nacional Curricular Comum, que deverá viger a partir de junho deste ano. Suas interferências na educação básica são cada vez mais desastrosas, não se excluindo como uma das causas do fracasso do ensino básico no país. 
A proposta de eliminar a literatura portuguesa do currículo até que passa, malgrado a impossibilidade de ser ensinada a literatura informativa e o barroco sem falar na literatura de Portugal. O maneirismo, por exemplo, remete a figura paradigmática de Camões. À exceção da literatura brasileira, nenhuma outra mais, que ficariam destinadas aos estudos superiores. 
Não posso admitir a pouca importância dada à História Universal, em prol da história nativa e africana. Não posso admitir a pouca importância dada à Gramática no ensino de linguística. Como saber sobre a evolução da nossa civilização, excluindo a Grécia, por exemplo, onde a gramática constituía uma das três disciplinas humanísticas?
A história dos indígenas, a história dos africanos e outras histórias seriam estudadas nos cursos superiores (conforme a sugestão acima em relação à literatura portuguesa e outras literaturas). 
O ensino de literatura nacional ganhará mais tempos para as expressões regionalistas, mais próximas da vida do aluno. 
Espero que o MEC acolha algumas das mais de 10 milhões de sugestões até março, quando se encerra o período de discussão para a implantação da BNCC. 

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