segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

HEDONISMO E SENSIBILIDADE

O prazer é o bem supremo, guia incontestável de pensamentos e ações de todo indivíduo consciente ou inconsciente que integra nossa sociedade. 
O (princípio do) prazer, já escreveu Freud, impele-nos a um único objetivo: o de ficar mais felizes – com o relaxamento de um estado desagradável de tensão. 
As pessoas amadurecem (em tese), todavia, continuam dominadas pelo Id, instância mental que quer porque quer, deseja pelo próprio desejo, sem a concorrência da razão. Para maximizar seu hedonismo, tais pessoas são, cada vez mais, dotadas de um excesso de sensibilidade. 
Antes do ar-condicionado, todos trabalhavam, descansavam e dormiam sem ar-condicionado. Nesse tempo, havia o ventilador. Mas houve um tempo anterior ao ventilador, e outro tempo anterior à eletricidade. 
Por falta dessas tecnologias, nossos avoengos não deixaram de viver, mais ou menos felizes. Hoje estamos aqui graças a esses antepassados bem-sucedidos. 
O sucesso deles não se resume à replicação genética, mas ao desenvolvimento técnico-científico, que levaria à descoberta da eletricidade, ao fabrico do ventilador e do ar-condicionado. 
Aos que ainda reclamam por mais conforto, por mais direito, gente que se expõe à observação sem a mínima vergonha, faço um alerta: o Sol aumenta sua atividade, que é de fundir Hidrogênio. O calor resultante vai de encontro ao hedonismo e à sensibilidade dos humanos. 
Na condição de pensante, sugiro a esses umbiguistas que passem a se preocupar mais com seus descendentes futuros. 

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