Católicos,
evangélicos, espíritas, umbandistas e outros religiosos somam 94,7% da
população santiaguense acima dos 5 anos de idade – segundo dados do Censo
Demográfico de 2010. Os demais, cujo percentual é de 5,3%, são representados
pelas pessoas sem religião.
Todos os religiosos, pelo menos dos
católicos aos umbandistas, acreditam na imortalidade da alma/espírito. (A barra
desconsidera as diferenças entre os dois termos, irrelevantes para o
questionamento que farei mais à frente.) Também não o é a contradição entre
ressurreição e reencarnação, que parece não incomodar cristãos e espíritas.
A partir do pressuposto de que todos os
que creem na alma transcendente conheçam o mínimo da história evolutiva do
homem, pergunto-lhes em que momento esse mamífero passou a ser dotado animicamente.
Numa sinopse das sinopses, entre 6 e 7
milhões de anos atrás, teve origem o gênero ao qual pertence a espécie do homo sapiens (surgida há tão somente 200
mil anos). Como possíveis elos (achados) da evolução hominídea, outras espécies
existiram ao longo de milhões de anos: australopithecus,
homo habilis, homo erectus… O neandertal chegou a dividir os mesmos territórios
como homo sapiens. Com a descoberta
do genoma, hoje se sabe que as sequências de DNA do homem e do chimpanzé são
minimamente diferentes.
Em que estágio evolutivo ocorreu o
fenômeno da espiritualização humana?
Coincidiu com a pequena variação genética
que levou uma espécie a se dividir (entre 6 e 7 milhões de anos Antes do
Presente)? Ou foi com o desenvolvimento do bipedalismo (há 4 milhões de anos)?
Com a fabricação de instrumentos (há 2 milhões de anos)? Quem sabe ocorreu com
a descoberta e domínio do fogo (entre 400 e 500 mil anos AP)? Com a revolução
cognitiva (há 70 mil anos)? Com a revolução agrícola (há 10 mil anos)?
Provavelmente, tenha coincidido com a criação dos deuses (num tempo ainda mais
recente)?
QUANDO?