sábado, 28 de novembro de 2015

SANTIAGO PAGA(?)

INFELIZMENTE, a cidade assume a culpa pelas coisas erradas que acontecem ou deixam de acontecer dentro de seus limites geo-humanos.
A boa e a má fama parecem disputar cabo-de-guerra num declive, tendo, na ponta da corda que puxa para baixo, todas as pessoas (físicas ou jurídicas) com tendências à negação - dentro de um amplo espectro que vai da ignorância pura e simples à maldade deliberada. 
Coerentes com essa alegoria, os exemplos indesejáveis não param de se constituir no horizonte de eventos do universo santiaguense. 
Nos últimos dias, o nome da nossa cidade esteve mais uma vez na berlinda, porque um indivíduo, ainda não revelado pela Polícia Federal, natural da Terra dos Poetas, liderava uma fraude contra a Previdência Social. Na sequência, uma quadrilha de abigeatários é presa (a partir de seu advogado). 
O show com Fernando e Sorocaba é outro exemplo, malgrado a boa intenção de seus idealizadores, que acabou culpabilizando Santiago - ao frustrar pela segunda vez a expectativa dos fãs do sertanejo universitário.
Uma cidade, segundo uma ideia do historiador Yuval N. Harari, está mais para uma ordem imaginada, intersubjetiva, que uma realidade objetiva, que é a soma de espaço geográfico, povo, cultura etc.
Minha sugestão é que, doravante, sejam declinados os nomes das pessoas/organizações responsáveis pelas coisas certas e pelas coisas erradas que acontecem aqui. O mérito ou a culpa (principalmente a culpa) dessas pessoas/organizações se diluem com a substituição metonímica da parte pelo todo.

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