quinta-feira, 10 de setembro de 2015

IMIGRAÇÃO: PARADOXO E CAUSA (RACIONALIZADA)

O grande fenômeno social do século XXI, velho ao considerarmos outros tempos, constitui-se na migração de asiáticos e africanos em direção à Europa. No passado, foram os europeus que migraram para o chamado "novo mundo", a América. Mas sempre o fizeram de uma forma controlada pelos estados nacionais envolvidos no processo. E isso nos remete ao um certo paradoxo: quando as nações eram bem definidas, sem a integração social, econômica, cultural e política, a imigração correria sem maiores problemas, e, no presente, quando a integração entre as nações se efetiva em todos os âmbitos, de uma forma quase que global, o fenômeno parece irromper intempestivamente, sem controle, gerando um mal-estar civilizacional difícil de ser superado. A perturbação é evidente em todos os sentidos. A chanceler Angela Merkel, a figura mais proeminente no momento, que o diga. Ela tem alternado seu discurso, entre receber os imigrantes (mais de 800 mil desejam a Alemanha) e despachá-los para outros países vizinhos, num sistema de cotas. No extremo amistoso, está a Suécia, cujo representante político pensa que a Europa deverá tirar proveito da nova situação humana que se configura. No outro extremo, destaca-se David Cameron, primeiro-ministro do Reino Unido, que pretende dificultar o acesso à ilha maravilhosa. 
Quem não é europeu está adorando ver o velho e rico continente ser invadido, principalmente aqueles que ainda são contrários ao capitalismo, à burguesia (por fidelidade ideológica). A causa principal da onda migratória já foi racionalizada: evasão da guera. 

Nenhum comentário: