domingo, 6 de setembro de 2015

FILOSOFIA, LINGUAGEM E CIÊNCIA

QUANDO me refiro ao "SEM SENTIDO" (do que se diz baseado em crenças, em mitos etc.), faço-o resguardado pela LÓGICA MODERNA e pela TEORIA DO CONHECIMENTO. 
O QUE SE DIZ é uma sentença, uma proposição ou enunciado (avaliável como verdadeiro ou falso). Por exemplo, a proposição "A Lua exerce influência sobre a Terra" deve ser analisada desta forma: a Lua existe? Sim. A Terra existe? Sim. Qual a influência? A mais evidente delas é verificada sobre as marés. Então a proposição "A Lua exerce influência sobre a Terra" é verdadeira. Por outro lado, "A Lua não exerce influência sobre a Terra" é falsa. 
Outra proposição: "Urano rege o signo de aquário". O que vocês me dizem, é possível submetê-la ao conhecimento empírico, da experiência? Urano existe, mas tudo mais (principalmente a ação expressa pelo verbo reger) não pode ser verificada. Portanto, a sentença é SEM SENTIDO, uma pseudossentença. 
Toda a METAFÍSICA, segundo Rudolf Carnap, é constituída por pseudossentenças, cujos termos são destituídos de experiência (alma, espírito, deus, anjos, transubstanciação, carma...). 
Dizer que há experiência que escapa ao conhecimento racional é, talvez, o argumento mais sem sentido que fundamenta todos os mitos, todas as religiões.

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