sábado, 29 de agosto de 2015

CRISE DUPLA

Ante uma perspectiva pessimista (para não dizer realista), o parcelamento de salário, feito pelo governador do Rio Grande do Sul, já configura os primeiros passos de uma crise dupla: a das finanças públicas e a da própria constituição do Estado máximo. 
A primeira se agravará de uma forma contínua, a ponto de fazer do parcelamento de salários um consenso, uma estratégia menos radical de enfrentar o problema (algo que é compreendido pela expressão popular "empurrar com a barriga"). 
A segunda crise é mais profunda, subterrânea, e minará paulatinamente as estruturas que mantêm a organização estatal. Para entendê-la é necessário um recuo no tempo até as origens do estado moderno, origens sempre vinculadas à expansão da economia, nunca ao seu encolhimento.

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