sábado, 20 de junho de 2015

BIANCHINI E A VERDADE



A condição de ser santiaguense do deputado Miguel Bianchini não é suficiente para merecer deste seu conterrâneo um voto de solidariedade. Certamente, esse apoio despertaria suspeitas fundamentadas no paroquialismo, justificando-se o menosprezo daqueles que exigem do deputado a retratação ou a prova. 
No momento em que acuso a sociedade de superestimar os políticos, porque eles estão muito aquém de suscitar um sentimento de nobreza, ouço uma voz isolada, corajosa e verdadeira. A coragem e o conhecimento demonstrados por ela são suficientes para despertar meu interesse em ouvi-la com toda a atenção e de repercuti-la (até como testemunho autocrítico do que afirmo a priori).
Aparentemente, não há como o deputado Bianchini provar o que disse, mas essa impossibilidade não torna falso o que disse. 
Depois de um século, Rui Barbosa continua muito atual: 
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.  

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