domingo, 17 de maio de 2015

REFLEXÃO (EM PLENO DOMINGO)



Uma insatisfação exacerbada, sem problema expressivo, constitui-se a mais nova doença de fundo neurótico a acometer as pessoas nos últimos anos. A maioria delas reclama com acinte de alguma coisa que não está cem por cento em sua vida. Um observador de fora (por tudo que vê ou ouve), a princípio, conclui que o mundo logo virá abaixo. Mais tarde, todavia, ele constata que o mundo continua como o de antes e que as pessoas, sim, mudaram para pior. A insatisfação que as domina psicologicamente advém de um excesso de sensibilidade (que previra Nietzsche há um século e pico).

Um comentário:

Al Reiffer disse...

Froilam, discordarei. A insatisfação das pessoas não provém de excesso algum, muito pelo contrário, provém de uma total ausência, ausência de tudo, o homem está vazio: não há sensibilidade, não há pensamento, não há ideais, e, consequentemente, não há sentido para a vida. Se não há um sentido, não pode haver satisfação.