terça-feira, 2 de dezembro de 2014

PAPA PÓS-MODERNO

Desde a Revolução Francesa, o Estado, cada vez mais racionalmente organizado, aproxima-se de uma laicidade completa. Com a ascensão do papa Francisco, inclusive o Vaticano passa a aceitar algumas verdades estabelecidas pelo paradigma que ele tanto combateu nos últimos séculos. Recentemente, essa autoridade católica admitiu ser o Big Bang e a (teoria da) evolução das espécies compatíveis com a existência de um criador. A despeito de já idolatrarem a figura franciscana do novo papa, os fiéis católicos ainda são criacionistas(não tão radicais quanto seus coirmãos evangélicos). Em São Paulo, por exemplo, a sociedade se organiza em torno do contraponto a Darwin, o "design inteligente". Seu líder, Marcos Eberlin, professor de química da Unicamp, defende que os seres vivos (incluindo o homo sapiens) são os mesmos desde que foram projetados e trazidos ao mundo.
  
Seria essa relativização, um papa científico e um cientista bíblico, uma característica da pós-modernidade? A sociedade continua, como escrevi na postagem anterior, fortemente condicionada pelos memes medievais.  

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