segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

TRÂNSITO (MAIS UMA VEZ)



Um dos problemas de Santiago, novo para a nossa cidade, diz respeito ao trânsito. A rua é o lugar em que a interação social acontece forçosamente. O cidadão, por mais que se proteja cada vez mais em suas casas, mais vulnerável se torna ao usar o espaço público, a partir do portão de sua pequena “fortaleza”. Nesse espaço (em que circulam centenas-milhares-milhões de indivíduos), a instabilidade cresce como um dos principais fatores que puxam para baixo a qualidade de vida, tão dificilmente conquistada. Venho observando o trânsito na Pinheiro Machado, que serve de amostra do que deve ocorrer noutras ruas da cidade. A sacada do Edifício Dom Manuel é um excelente ponto de observação que avança sobre a esquina com a Benjamin Constante, das mais movimentadas e sem semáforo. Durante o dia, poucas vezes algo errado no comportamento dos condutores de veículo. A falta de educação fica por conta dos pedestres. Até as 22 horas, não há alteração digna de nota. Depois disso, o movimento diminui paulatinamente. Por volta da meia-noite, começa um intervalo, que separa pessoas diurnas das noctívagas. Estas últimas tomam a madrugada de roldão, não obedecendo à norma alguma. A civilidade, fragilmente praticada durante o dia, cede a vez para um tipo moderno de selvageria. A ordem, fragilmente instituída durante o dia, transforma-se em caos. A velocidade com que descem pela Pinheiro assusta, prelúdio de uma tragédia (prestes a ser noticiada no dia seguinte). Por sorte, os acidentes não são mais frequentes. Fico a imaginar o que acontece na Alceu Carvalho, na Aparício Mariense e em seus prolongamentos. Qual a solução para esse problema? Mais fiscalização, com a aplicação inequívoca do Código de Trânsito.  

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