domingo, 23 de junho de 2013

VÂNDALOS, HUNOS...

Uma causa houve para que os vândalos saqueassem e destruíssem tudo: os hunos.
Os vândalos emigraram do norte para o sul, fixando-se num território próximo ao Mar Negro. No início do século V, os hunos atacaram os vândalos, que rumaram para oeste até bater de frente com os francos. Vinte mil vândalos morreram nos combates. Com o apoio do alanos, que também migravam para oeste (também forçados pelos hunos), os vândalos venceram os francos e invadiram a Gália, onde saquearam e destruíram tudo o que encontravam pelo caminho. 
Na Península Ibérica, os vândalos (e os alanos) receberam terra dos romanos. Atacados pelos suevos, atravessaram o estreito de Gibraltar e chegaram a Cartago, onde fundaram um reino. Mais tarde, atravessaram o Mediterrâneo e saquearam Roma, já em decadência. Em represália, o imperador Justiniano, de Bizâncio, mandou uma grande esquadra de guerra arrasar o reino dos vândalos.
A língua dominante no mundo civilizado (não tanto civilizado) europeu era o latim, de onde o termo vandalus passou a significar figurativamente aquele que destrói bens público. 
Uma ideia expressa durante os protestos Brasil afora chama de vândalos políticos que se locupletam no poder. O grande Housaiss define por extensão o termo como "aquele cuja ação ou omissão traz prejuízo à civilização, à arte, à cultura (o ministro foi um v. ao cortar verbas da cultura) (política educacional v.)".
Os vândalos atuais, amplamente televisionados, teriam seus hunos? O Estado? A própria sociedade? De certa forma, os protestos são uma tomada de consciência da sociedade, por enquanto contra o establishment, o "sistema" (que praticaria um vandalismo oficial), mas que evoluirá para o mea culpa, para o autoconhecimento. Não faltaram os próprios exemplos de vandalismo. Sim, o vandalismo é um fato social. 
Paro por aqui. A minha análise é prematura d +.  

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