quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

IRONIA

"O primeiro bebê nascido na cidade de Coqueiros do Sul em 2013 é menino(a)." 

"Crime bárbaro em Sertão: J.N.T. desferiu três tiros em D.L.O. A polícia prendeu em flagrante o suposto autor. Trata-se de um acerto (faz) de conta."

Os exemplos acima imitam certas notícias publicadas pela mídia em nossa cidade (inclusive na blogosfera). O exagero é proposital, recurso estilístico que auxilia na compreensão do enunciado. 
No primeiro, qual a relação entre os leitores/ ouvintes santiaguenses com a cidade de Coqueiros do Sul?
No segundo, a mesma pergunta sobre o interesse pode ser feita. Não se conhece ninguém pelas iniciais. Em muitos casos, mesmo com o flagrante, a linguagem legal insiste com o "suposto" autor do crime. "Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença condenatória", preceitua o inciso LVII do art. 5º da Constituição Federal. Qual a inocência que pode ter um assassino confesso?
Não poderia haver o princípio da culpabilidade evidente? Ou da evidência de culpa?
Mas isso é assunto que foge ao tema desta postagem.
A conclusão "acerto de conta" é brilhante (ironicamente falando).


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