sábado, 13 de outubro de 2012

APENAS O VERMELHIDÃO


O Partido dos Trabalhadores cresceu na região, apesar de ter vencido apenas na prefeitura de Itacurubi. Na avaliação correta de Tide Lima, tal fenômeno eleitoral se deve às coligações inclusive. 
A rapidez com que ele publica sobre esse crescimento parece inferir o seguinte subentendido: o Mensalão não influenciou negativamente na escolha de petistas para as eleições municipais. Na região, diga-se de passagem. 
Minha análise, mais uma vez, constitui um contraponto. A primeira constatação que fiz do último pleito é de que já começou o ocaso do PT. Equívoco?
No Rio Grande do Sul, à exceção de Canoas, Esteio e Sapucaia do Sul, cujo eleitorado é constituído preponderantemente por empregados da indústria, poucas cidades no interior serão administradas pelo PT. Em Porto Alegre, por exemplo, a diferença de votos entre Fortunati e Villaverde foi de 441.429 (acima de quatrocentos, quase o mesmo número que elegeu José Fogaça no segundo turno em 2008, contra Maria do Rosário, do PT). Em Itacurubi, a vantagem de José Grosso para Antônio Trilha foi de 348. Adão Villaverde fez um comentário diferente do pensamento de Tide, afirmando que o ciclo do PT se encerrou na Capital. Não foi erro de oposição a José Fortunati, como não é erro o que sói acontecer em Santiago. A oposição não é burra, os eleitores é que despertam de sua letargia política (em Porto Alegre). O Fortunati foi reeleito, o Júlio Ruivo foi reeleito (com quase três mil votos a mais da eleição anterior). Aqui são os acertos da situação.
Em âmbito nacional, à exceção do ninho de corruptos chamado Goiânia, o PT não fez nenhum prefeito nas capitais. Em São Paulo vai para o segundo turno, graças à participação da Presidente Dilma e ao desastre final na campanha de Celso Russomano. Obviamente, estou desconsiderando as coligações (que passaram a ocorrer nos últimos tempos com as lições de Lula a seus correligionários arrivistas). A propósito, a necessidade de coligação levou ao Mensalão. 
A condenação de petistas que formavam o governo federal, no Planalto e na Câmara, teve consequência, sim, mensurada pelas urnas dos grandes centros do país. A reação popular foi pequena demais, pouco significativa, talvez o primeiro vermelhidão que precede o ocaso.
  

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