sábado, 21 de janeiro de 2012

SEM ÁGUA (II)

A água retornou às 2 horas deste sábado, quando ninguém mais a usava no condomínio. Tomei meu banho (desligando o chuveiro para me ensaboar). No Rincão dos Machado, lembro-me de que, durante os períodos de seca, pegava o sabão caseiro e corria à restinga, onde algum poço resistia entre as pedras. Naquele tempo, a simplicidade fazia parte da vida no campo. A rusticidade me preparava para suportar o pior. Não me perguntava se era feliz ou não, num estado que seria mais tarde modificado pela razão. Jamais imaginaria, naqueles anos, que, no futuro, aguardaria ansiosamente a água sair da ponta de um cano para tomar um banho.  

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