sábado, 29 de outubro de 2011

7 BILHÕES

Segunda-feira, nossa espécie contará com 7 bilhões de indivíduos. Em apenas 24 anos, um acréscimo de 2 bilhões. Esse boom humano é o que mais nos assusta num primeiro momento. A despeito da caótica distribuição populacional sobre o planeta, ainda há disponibilidade de espaço para mais alguns bilhões. A questão (que tanto preocupava Thomas Malthus) é se haverá alimento para tanta gente. Como produzi-lo mais sem aumentar a agressão ao meio ambiente (solo, água, floresta, outras formas de vida)? O aumento da produção, todavia, não impedirá que milhões e milhões de indivíduos continuem a morrer de fome. 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ALDO REBELO

Aldo Rebelo não se encaixaria melhor no Ministério do Meio Ambiente? Por que não o Ricardo Teixeira no Esporte?

MITO OU REALIDADE?

A união dos partidos de oposição em Santiago.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

TRAVESSURA MORTAL

Com o título "Travessura mortal", a VEJA publica uma matéria sobre um livro publicado nos Estados Unidos, sustentando que Van Gogh foi assassinado (ao invés de ter cometido suicídio). A teoria dos autores, Steven Naifeh e Gregory White Smith se sustenta em alguns detalhes que continuam obscuros sobre a morte do pintor holandês: a espingarda nunca foi encontrada e o tiro no abdômen não convence pelo ângulo oblíquo (difícil de ser executado contra o próprio corpo). Van Gogh vivia num estado de depressão profunda e teria ocultado a verdade para inocentar seu algoz, um adolescente traquina que o infernizava a vida.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

FAMA

A Fama se localiza na Pinheiro Machado, nº 2177-S.4 (em frente ao Círculo Operário). No final do corredor, à direita. Menor preço da cidade: cópia preta (0,07); cópia colorida (0,60); impressão (0,10); recarga de cartuchos preto (10,00); de cartuchos  colorido (15,00); cartuchos novos. Nos últimos dias, tenho ido com frequência a essa loja. Não há motivo, no entanto, para pedir desconto. Edito esta postagem sem o conhecimento dos proprietários. 
Identifico-me com o jogador citado por Nietzsche no Prólogo de seu Also sprach Zaratustra: "Amo o que se acanha ao ver cair o dado a seu favor e que pergunta: 'Serei um jogador trapaceiro?'". 

QUESTÃO RESPONDIDA

Chove...

SEGUNDA-FEIRA

Chove ou não chove? 

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

QUINTANA E EU



Mário Quintana, Caderno H:
"Haverá ainda, no mundo, coisas tão simples e tão puras como a água bebida na concha das mãos?".
De todas as maneiras que tomo água, a mais prazerosa ocorre quando tenho sede. A mais remota de que me lembro, direto do olho-d'água, foi com um canudo de aboboreira (segmento do pecíolo).  

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

NOVOS BURGUESES

Todas as semanas, acompanhamos pelo noticiário on-line, pela televisão, jornais e revistas as notícias de corrupção, de enriquecimento ilícito, via de regra, envolvendo gente que transita por Brasília. Luciana Genro e Roberto Robaina escrevem, em A falência do PT, que há uma burguesia em ascensão no país, usando a máquina e o dinheiro públicos para o upgrade econômico. Dois aspectos necessitam ser desenvolvidos dos enunciados acima: 1) os brasileiros que mais se importam com o que é noticiado são os militantes dos partidos envolvidos com o governo, digo, com as falcatruas. Como uma arma de contra-ataque, eles criaram um jargão: imprensa golpista. 2) os brasileiros que se posicionavam contra a burguesia, que levantavam bandeiras revolucionárias até 2002, são os novos emergentes da classe tão difamada ideologicamente. Alguns desses militantes a ultrapassam em poucos anos, do alto da posição de ministro (inclusive). Os brasileiros de 1 e 2 são coincidentes. A maioria das pessoas honestas já não mais se escandaliza com o que vê, ouve e lê, numa demonstração pouco nobilitante de que sentem vergonha ou medo de expressar sua indignação. O tempo vislumbrado por Rui Barbosa já chegou, o que vamos fazer? A minoria ainda ousa manifestar-se, sair às ruas, antes de se romper definitivamente o fio de Ariadne que serve de guia para um estado ético (nestas alturas, sonho de uma noite de verão). Diante da possibilidade de alcançar o poder e, de lambuja, ganhar muito dinheiro, não há militante de esquerda que resista. Incluem-se nessa regra os maiores ideólogos de uma república socialista no Brasil, políticos de quinta sob a sigla PCdoB. As fraudes no programa Segundo Tempo, sob a gerência do ministro do esporte, contribuíram para a campanha presidencial de 2006. O mensalão não era suficiente.
Leiam a VEJA desta semana.

domingo, 16 de outubro de 2011

VAZIO NECESSÁRIO

Os sábios nos recomendam o presente, esse contínuo movimento pleno de vida. Isso significa que não podemos fincar nossos duros instrumentos contra a frágil estrutura que nos sucede, contra as nossas próprias raízes muitas vezes, e, tampouco, contra a proteção também frágil que nos precede, contra os nossos sonhos ainda não realizados. Noutras palavras, significa que devemos esvaziar a mente de qualquer condicionamento. Krishnamurti dizia que "Não há um 'eu' no presente". Nesse vazio, todavia, inexiste o templo (a pedra) onde nos imolamos por uma perspectiva futura. Para vivermos efetivamente o presente, há uma necessidade de expurgos, de remissões. Isso inclui até mesmo o que os sábios nos ensinaram ao longo dos milênios. A sabedoria é como um despertar, uma libertação. Um encontro com nós mesmos (condição para aprendermos acerca da alteridade).
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Organizando meus escritos, encontrei esse aforismo. Transcrevo-o como amostra do que será meu próximo livro.

MARIA-MOL(E)


Muitos dias me separavam do Rincão dos Machado, que pode ser visto no extremo direito da foto acima, em seu segundo plano. O interior me rejuvenesce, na medida em que lá posso ver o crepúsculo, ouvir o silêncio da noite (plena de estrelas) e acordar de manhã com os pássaros. Desta vez, o campo se cobre de maria-mol (que rima melhor sem o "e" final).
Neste domingo, havia festa no Passo da Cruz, localidade vizinha ao Rincão. Céu azul, temperatura amena, excelente para o evento. 

sábado, 15 de outubro de 2011

CONDENADO À MORTE

Para escrever a coluna do Expresso Ilustrado desta semana, tomei como referencial o Boletim do Exército nº 13, de 31 de março de 1945 (página 948 a 953). Transcrevo abaixo excertos do Parecer n. 8 da Procuradoria Geral:
"Os soldados Adão Damasceno Paz e Luiz Bernardo de Morais confessaram friamente, com abundância de detalhes, os crimes que praticaram em Modagnana, comuna de Granaglione, Itália.
"Relatam eles que, após o jantar, muniram-se de metralhadoras portáteis, dirigindo-se para a casa onde já haviam estado à tarde, em procura de uma mulher  que lhes 'tinha feito cara feia'.
"Bateram à porta. Os moradores convidaram-nos a entrar, e a aquecer-se junto ao fogo. A seguir Damasceno disse a Bernardo que apagasse a luz, 'pois queria pegar a moça'. Seu companheiro deu 'uma rajada de metralhadora', extinguindo a chama bruxoleante de uma lamparina a querosene. Enquanto as outras pessoas fugiam, atemorizadas, Damasceno conduziu Margelli Giovanna para o quarto, e, aí, saciou os instintos carnais. Para facilitar a execução do delito, por demais revoltante, Bernardo colocou-se de guarda, à porta, atirando em Vivarelli Leonardo, quando este regressava de uma visita. E, logo depois, gritou: 'apressa-te (Damasceno) que já matei um homem'.
...
"Estatui o Código da Justiça Militar, que o art. 57, do Decreto-lei n. 6.396, de 1 de abril de 1944, manda observar no que não colidir com esse diploma:
"Art. 182. Nos  casos em que posse ser aplicada pena de morte ou de trinta anos de prisão, a confissão nos termos do artigo anterior (se livre e acorde com as circunstâncias do fato), sujeita o réu à pena imediatamente menor, se não houver outra prova do crime.
"O Código Penal Militar prescreve:
Art. 62. São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
IV - Ter o agente:
d) confessado espontaneamente, perante autoridade, a autoria do crime, ignorada ou imputada a outrem.
Acrescenta o § 1º do mesmo dispositivo, 'nos crimes em que a pena máxima é de morte ou de reclusão por vinte anos, ao juiz é facultativo atender ou não às circunstâncias atenuantes enumeradas no artigo'.
"Não mais vigora, em fazer do exposto em último lugar, o preceito do art. 182 do Código de Justiça Militar, que não autorizava a aplicabilidade da pena de morte, com apoio exclusivo na confissão do delinquente.
Atualmente, é permitido decretá-la, em tal hipótese, sem amparo em prova de outra natureza...
"Quem, de qualquer modo, concorre para o crime, incide nas penas a este cominadas (art. 33 do Código Penal Militar).
"Houve assim a ocorrência criminosa de que cogita o mencionado art. 33, e que pressupõe, como se  verificou na espécie, e adverte Costa e Silva, em Código Penal, vol.1º, pág. 199, certo liame psicológico entre os indivíduos que nela tomaram parte.
"Opino pela confirmação da sentença apelada.
"Capital Federal, 5 de março de 1945 - Waldemiro Gomes Ferreira, General de Brigada, Procurador Geral". 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

OUTUBRO ROSA


A campanha para a prevenção do câncer de mama ocorreu nesse final de tarde, em frente à Estação do Conhecimento. Sob um céu que ganhou tons quentes do crepúsculo, uma iniciativa condizente com a cidade educadora.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

DE ENCONTRO

Depois da postagem abaixo, devo me cuidar ainda mais, selecionar melhor os assuntos, para não enunciar futilidades. Um anônimo insinuou que dei atenção àquilo que condeno, ao fazer referência às declarações de Letícia Carlos (uma desconhecida que a mídia se encarregou de colocar na berlinda). Essa referência não passou de um exemplo, a partir do qual fiz meu contraponto, algo que vai de encontro à (des)ordem estabelecida.     

terça-feira, 11 de outubro de 2011

REFLEXÃO SOBRE A FUTILIDADE

Na postagem abaixo, empreguei termos que não se adequam muito bem ao assunto: inútil, inutilidade. No lugar desses,  fútil, futilidade. Não posso afirmar que todo fútil é inútil, uma vez que o grande paradigma que valoriza a aparência é fútil, mas é útil para a sociedade moderna. (A utilidade fez escola com os pragmatistas.)
A informação publicada no UOL tem seu público garantido, salvo exceções, a maioria quer saber a declaração da ex (o quê?) do jogador Richarlyson. Neste momento, como capa da Playboy, ela é elevada à rainha da futilidade. A mesma sociedade que se diz não preconceituosa em relação ao homossexualismo, dialoga com a ex do jogador, porque o testemunho dela  vai ao encontro do subentendido de que o rapaz é homossexual. 
Os leitores não preconceituosos deveriam sair em defesa de Richarlyson, esbravejando contra a informação veiculada no site, fútil e difamatória. (Isso é possível, de acordo com um dos sentidos dado ao primeiro termo: "que  ou o que tem aspecto enganador".)
O sexo é de uma natureza íntima que não deveria ser tratado escancaradamente. Nem padres ou psicólogos devem saber o que acontece sexualmente entre um casal. 
Quem era essa tal Letícia Carlos antes de seu namoro com Richarlyson?  

NOTÍCIA INÚTIL

O sensacionalismo é a tônica de um novo modo de existência, o parecer. A mídia, seu grande arauto. 
Publica-se de tudo, inclusive o impublicável (sob o ponto de vista ético). 
Nossa blogosfera não escapa em alguns momentos, sugestionada pela (pseudo)necessidade de informações inúteis. 
Melhor exemplo de inutilidade: 
"Ex de Richarlyson revela que não fez sexo com o jogador em três meses de romance". 
Está no UOL


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

HISTÓRIA NÃO CONTADA

Em regra ninguém conta história que diminua a importância dos fatos vividos por seus compatriotas. Neste aspecto, a parcialidade é plenamente justificável em razão do umbiguismo que a condiciona.
No Ocidente, poucas vezes se cogitou  que o Teatro de Operações no Mediterrâneo era indiferente para a vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial (cuja virada ocorrera dois antes, em Stalingrado).
A participação do Brasil na Itália inscreve-se como uma das passagens mais evocadas da nossa história. Entre seus heróis, destaca-se a figura do sargento Max Wolf Filho, morto por uma rajada de metralhadora alemã, quando comandava uma patrulha de reconhecimento.
Há uma página, todavia, que registra a presença de dois soldados de “má conduta” na Força Expedicionária Brasileira. No dia 9 de janeiro de 1945, na localidade denominada Modaniana, Itália, Adão Damasceno Paz e Luiz Bernardo de Morais invadiram uma casa, estupraram Margelli Giovanna, de 15 anos, e assassinaram seu tio, Vivarelli Leonardo. Os dois foram condenados à morte, pena máxima de acordo com o art. 302, III, combinado com o art. 181, § 2º, V), do Código Penal Militar (da época).
Não houve a execução dos condenados, em razão do final do conflito, com a consequente comutação da pena. Mais tarde, processos de indulto restituíram a liberdade aos ex-pracinhas.
A distância do crime, física e emocional, não denega a insuflação e o ufanismo patrióticos. Da mesma forma, não há risco em romper o silêncio instituído, o esquecimento, para dar ciência aos leitores de um detalhe interessante: o soldado Adão Damasceno Paz era de Santiago. 
Certamente, esse dado não foi inscrito na história santiaguense, na sustentação de sua fama bandida. O município passou a ser denominado, meio século  depois, Terra dos Poetas.       

SINALIZAÇÃO HORIZONTAL

A maioria dos acidentes ocorre na ultrapassagem, quando esta não é permitida, com a linha amarela contínua (sinalização horizontal que divide a pista em duas faixas). Nas situações em que é permitida a ultrapassagem, os condutores de veículos incorrem noutra infração, que é causa comum dos acidentes mais graves: alta velocidade.

SEM INTERNET

Nove dias depois do temporal, continuo sem internet. A atendente da Santiagonet me assegurou que na sexta seriam colocados os painéis responsáveis pela emissão do sinal. A sexta passou, e o vento forte impediu que os técnicos trabalhassem com segurança na nova antena. 
Nestes dias de desconexão, aproveito para trabalhar intensamente na organização do livro da Erilaine e do meu. Por isso, não senti falta da Internet (do jogo de xadrez online no IXC e da blogosfera). Penso que não teria problema de me afastar por mais tempo, consciente da grande confusão em que se tornou o hipertexto - uma babel às avessas.
O livro da Erilaine amalgama três gêneros literários: poema, crônica e microconto. Posso adiantar que seus textos são de uma qualidade rara, fundamentada na síntese e na metáfora. Meu livro é uma compilação das melhores ideias que publiquei no A Hora, no Expresso Ilustrado, no Letras Santiaguenses, neste blog, mais  inéditos. 
 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

STEVE JOBS


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NOBEL DE LITERATURA 2011


O sueco Tomas Tranströmer é o novo ganhador do prêmio Nobel de Literatura. A justificativa dessa escolha me chamou a atenção: "Através de suas imagens translúcidas e condensadas, ele nos dá um acesso fresco à realidade".  Conquanto o lirismo que o caracteriza, Tomas produz uma poesia sintética, austera, enxuta de verborragia. (Estilo a que me identifico com Ponteiros de palavra e Vozes e vertentes.) Depois de 15 anos, um poeta volta a ser agraciado pela Academia Sueca. O Brasil se fez representar por Ferreira Gullar.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

DADO LÍQUIDO

Não há lógica na política. Aliás, fora da matemática...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

4º MOTIVO DA ROSA

Finalmente, recebo o livro Mar Absoluto/ Retrato Natural, de Cecília Meireles. Aguardava-o ansioso, para confirmar a correta grafia do sexto verso do poema 4º motivo da rosa. Todos os dez sites/ blogs da primeira página do Google transcrevem o verso desta forma: ao longe, o vento vai falando de mim. Inclusive o Jornal de Poesia. Inclusive uma monografia de graduação do curso de Letras da Universidade Federal do Paraná. 
O verso, como foi transcrito acima, conta com 11 sílabas poéticas: 
ao - lon - geo - ven - to - vai - fa - lan - do - de - mim
O verso correto: ao longe, o vento vai falando em mim
(ao - lon - geo - ven - to - vai - fa - lan - doem - mim)
A partir do exposto, concluo que pouca gente entende de poesia (inclusive nas universidades), que o hipertexto não é confiável, que os internautas instituíram a praxe do copiar-colar de uma forma inconsequente, irresponsável.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

LUA NOVA

Agora é meio-dia e meia. Pela janela, vejo a Lua Nova a cavaleiro do Dom Nilton. Ela pouco aparece, ofuscada pela claridade, num céu nada seu.  No alto do edifício, falta a torre da Santiagonet, que me propiciava a conexão com o hipertexto. Em pior situação encontram-se algumas pessoas ainda sem energia elétrica (sessenta horas depois do temporal). Nesta segunda, todavia, a fronte e o coração dos santiaguenses recebem o calor do Sol e da solidariedade.