domingo, 18 de setembro de 2011

COMENTÁRIOS DIVERSOS

O sábado nada azul determinou a cor deste domingo. 
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Outra vez, mais um excelente artigo da professora Arlete Gudolle Lopes no Zero Hora. O título: "Brasil com z ou s?". A articulista faz uma distinção entre os dois brasis: com z, para inglês ver, é "um modelo de país riquíssimo movido a bilhões de reais", com Brasília no centro; com s, o país pobre, do "descaso" e da "submissão".  
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Por alguns anos, vesti bombachas, calcei botas, atei lenço no pescoço e coloquei guaiaca na cintura... como faz o gaúcho na Semana Farroupilha. Só não tinha cavalo, embora sem a descendência de João Guedes (que empobreceu no campo e se veio pra cidade). Sempre achei lindo o animal, misto de vigor e doçura, solto no campo, não como peça semovente do arreio. Lembro que os carreteiros dos CTGs, Piquetes e clubes diversos tinham a seguinte programação: duas horas de espera; filas quilométricas para comer um arroz-de-carreteiro com ensopado; mais uma hora de espera; grupo de dança mirim (com os pais babando em volta); grupo de dança juvenil, para dançar as músicas do nosso folclores já executadas pelos pequenos; mais uma hora de espera para começar o baile... Alguns iam embora com a mesma pressa com que faziam fila para se servir mal-educadamente. No dia 20 de Setembro, o desfile, a apoteose...
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Nesta manhã, realiza-se a prova para o concurso público que seleciona pelo mérito "professor área 2 - anos finais do ensino fundamental na disciplina de Língua Portuguesa". A prova exige um grande conhecimento teórico, principalmente as questões de didática e conhecimentos específicos: Perrenoud, Vasconcellos, Silva, Giancaterino, Freire, Hofmann, Bakhtin, Bechara, Saussure...
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Também fui indicado para receber a Medalha Ordem do Mérito de Serviços Extraordinários "pelos relevantes serviços prestados", outorgada pela Organização Não Governamental Connection. Meu nome foi lembrado como militar, não como colunista do Expresso Ilustrado, como escritor. Na condição de militar, faço o que me é atribuído pela função, pelo cargo. Melhor outorga que posso receber no quartel é o elogio e o conceito dado por meus superiores. Se há algo de extraordinário que faço é a escrita, a produção estética e intelectual, publicada em livros, neste blog e no Expresso Ilustrado. Minhas últimas colunas nesse jornal (também editadas aqui) são extraordinárias pelo apuro linguístico e pelo conteúdo. 
Vaidade? Exceto pela objetividade, não correria esse risco ante o leitor inteligente - que me absolverá a partir das três palavras seguintes: DECLINEI DA INDICAÇÃO.  Isso também é extraordinário.
Em respeito às pessoas que estão à frente do evento EM SANTIAGO e aos demais indicados, deixo de fazer comentários urbanamente incorretos.

Um comentário:

Cris Michelon disse...

Froilam, essa indicação a Medalha da Ordem do Mérito de Serviços Extraordinários pelos relevantes serviços prestados, é uma conquista brilhante. Sei que mereces esse reconhecimento, especialmente, pelo trabalho sério e competente que desenvolves no quartel. Continue sempre assim e saiba que isso é o grande diferencial na vida dos grandes homens como vc.
Desejo que muitas outras vitórias tornem a ocorrer em tua vida pessoal e profissional.
um grande abraço