segunda-feira, 21 de março de 2011

SANTIAGO - KARNAK - SANTIAGO

Convido os visitantes a uma viagem no tempo pretérito. (Na falta de uma máquina, dispomos da imaginação para isso, cuja potência é infinita.) Com um pequeno esforço, incontinenti, encontramo-nos em Karnak, Egito, há 3.000 anos. 
Lá chegados, assumimos a condição de egípcios, em todas as acepções que a designação implica em termos civilizatórios. Do grupo, coloco-me como voluntário para defender publicamente que Amon-Ra não existe.
O que vocês acham que aconteceria comigo? Por muito menos, um filósofo foi morto por envenenamento em Atenas, Grécia (601 anos mais tarde). NUma civilização muito mais livre.
Amon-Ra não existe!
Entre um mero artífice e o deus supremo dos egípcios, não há dúvida de quem seria condenado à execução. 
Com o advento de uma nova civilização (cujas origens remontam à Grécia e a Judá), Amon-Ra deixa de existir definitivamente, como deus dos egípcios, não passando de uma figura mítica.
Já retornados de Karnak, em Santiago, repito o discurso da inexistência  agora do deus judaico-cristão. Sim, o deus judaico-cristão é, para a nossa civilização, o equivalente a Amon-Ra para os egípcios de 3.000 anos atrás.
Num futuro...  quando outra civilização... 
(Não gosto de usar reticências, mas aqui elas são necessárias como um recurso de grande eloquência. Esse é um dos argumentos que uso para convencer sobre a inexistência de um deus pessoal, como o mitificado pelos judaísmo/ cristianismo. Não há apoio de qualquer um dos pensadores que leio (entre os quais Voltaire, Nietzsche, Russel, Clément Rosset e Richard Dawkins). Esta postagem, portanto, constitui o registro de autoria.)


Um comentário:

Weimar Donini disse...

Caro Froilam.

Também sou daqueles que entendem a inexistência de um ser supremo, bom ou mau,que nos recompensa de acordo com nosso agir. Entretanto, louvo àqueles que entendem diferente e se entregam a uma vida regrada e dirigida. Em nosso modo social, capitalista, da mais valia, isto me parece salutar. Penso que, com a extinção da unidade familiar, a religião é um importante modo de agregar, harmonizar e ditar comportamentos, principalmente aos mais novos.
Um forte abraço do
Weimar.