quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

TIA CELA

Final do expediente no QG, coloco minha mochila nas costas e resolvo ir ao Hospital da Guarnição de Santiago. Tia Cela encontra-se baixada. Vou visitá-la. Dalila e Arinda acompanham a paciente, que está no oxigênio. A pneumonia resiste aos medicamentos. A tia está com um pouco de febre, percebo isso com um toque da mão em sua testa. Falo que as cores de seu rosto estão normais. Quero ser otimista para tranquilizar minhas primas. Deixo o hospital pensativo. Dia e meio depois, tomando café, tenho um estalo: ligo para Arinda. "A mãe acaba de falecer, Froilam." Algumas horas mais tarde, vou à Capela Andres. O rosto da minha tia é outro. Cor única, indefinível, inexistente no mundo vivo, multicolorido. Infelizmente, a última imagem substitui as outras. Mas lembrarei da tia Cela como dona de uma memória extraordinária, não obstante sua longevidade. Ela sabia narrar/descrever fatos de um tempo quase esquecido. Um referencial...  

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro amigo Froilan - Froilendo - lembra-se! Desculpe entrar em contato com você num momento de pesar. Associo-me ao teu sofrimento, pois tenho passado por situaçõs análogas. Peço-te que sejas forte e supere a angústia.
Um grande abraço e creia-me: tem muita pessoa que muito te admira e não tem coragem de dizer-te, por medo de ser mal-compreendida ou oportunista. Sinto saudade de nossa turma de acadêmicos da URI e dos nossos devaneios etílico-filosóficos! Oigaletê! Um abraço cinchado e Carpe Diem!
Sdç!
Clodinei Silveira Machado

Unknown disse...

SINTO SAUDADES DAQUELAS HISTÓRIAS QUE MINHA MÃE CONTAVA, DO TEMPO DE ANTIGAMENTE, REAL E VERDADEIRAS, A MEMÓRIA DELA ERA INCRÍVEL.É PRIMO JUNTO COM ELA FOI UM PEDAÇINHO DE MIM. SAUDADES MUITA SAUDADES!!!