sexta-feira, 30 de julho de 2010

O SONETO ORIGINAL

Minha dúvida sobre o soneto Cisnes, de Julio Salusse, persistiu até ontem, quando recebi o livro Julio Salusse, o último Petrarca, de Nilo Bruzzi. Na página acima escaneada, eis o poema manuscrito pelo próprio autor. Os erros se repetem em vários livros (inclusive em edições do Ministério da Educação e Cultura). Na Internet, nem se fala. O primeiro verso do segundo quarteto é o campeão de "versões" diferentes. Alguns exemplos:
Bem cedo, quando, desfazendo as brumas;
E nele, quando, desfazendo as brumas;
Quando, sobre ele, desfazendo as brumas;
Quando das vagas, desfazendo as brumas (transformado em bárbaro);
E sobre ele, quando, desfazendo as brumas (à moda santiaguense, dos novos poetas, com onze sílabas, o que condenaria o soneto ao esquecimento, não obstante seu conteúdo).
O verso correto é: Sobre ele, quando, desfazendo as brumas.
Outra dúvida pairava sobre o verbo "vagamos". Antologias e sites traziam o verbo "vogamos", de "vogar", isto é, manter-se ou deslocar-se à tona da água, flutuar.
Com relação a esse soneto, o Oracy me havia enviado a forma correta.

Um comentário:

M. Maia disse...

Obrigada pelo esclarecimento! Sou de Bom Jardim - RJ, terra de Júlio Salusse e aproxima-se a data comemorativa de seu aniversário e pretendo divulgar uma nota com a versão correta.