quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

HINO NACIONAL (II)

O artigo de Mário Maestri contra o Hino Nacional prossegue com o seguinte parágrafo:

A esquizofrenia patente de uma população cantando hino que não entende, ensejou propostas de simplificação linguística ou modificação radical da letra da canção pátria, para que o povo pudesse compreender o que cantava. Essas tentativas de remendo ignoram a funcionalidade, na ótica das classes proprietárias brasileiras, do caráter estrangeiro da língua em que foi composto o Hino Nacional.

O exagero constitui uma figura de pensamento, mas o autor se equivoca duas vezes ao escrever "esquizofrenia patente de uma população". Uma "esquizofrenia patente" é a própria esquizofrenia, uma vez que "patente" significa claro, evidente, manifesto. O termo elimina o caráter conotativo do que o autor chama de "esquizofrenia". Essa doença, qualquer que seja a teoria que explique suas causas, não é de alcance coletivo, mas individual. Como reconhecido marxista, Maestri poderia ter empregado "alienação", a fim de expressar sua crítica.
O autor afirma que houve "propostas de simplificação linguística ou modificação radical". Pergunto se o caro leitor deste blog conhece alguma dessas propostas. Outro exagero: "modificação radical". Como ficaria a letra modificada radicalmente?
Ao condenar o pernosticismo, ele o expressa conceptualmente:
Essas tentativas de remendo ignoram a funcionalidade, na ótica das classes proprietárias brasileiras, do caráter estrangeiro da língua em que foi composto o Hino Nacional.
Que "caráter estrangeiro da língua"? Essa visão do doutor em História, sim, pode-se dizer esquisita. A não ser que ele, à maneira do Policarpo Quaresma, (o esquizofrênico personagem) de Lima Barreto, considere o Português um idioma estrangeiro.

Um comentário:

C L Barp disse...

Agradeço a deferencia pela publicação de meu comentário como postagem. Penso que todas as pessoas trabalhadoras(verdadeiramente) deste país tem o direito e o dever de se insurgir contra usurpadores e falsos malandros(muitos deles passam a vida inteira encostados em sindicatos, ONGs, partidos políticos), verdadeiros "mordedores" que, quando vêm suas tentativas frustradas, xingam tudo e todos fazendo cre serem vítimas de perseguição. Chega dessa gente falsa e aproveitadora, vamos trabalhar...