quarta-feira, 13 de maio de 2009

FUTURO MUSEU

Alguns objetos em uso atualmente deveriam compor um museu no futuro, onde as pessoas, dotadas de uma consciência mais evoluída, admirassem, com certo espanto, o esforço de seus antepassados para sobreviverem a uma era de absurdos. A humanidade fora salva nos últimos momentos, antes que as profecias apocalípticas se realizassem e que as previsões científicas (esboçadas no século XXI) se confirmassem como procedentes.
Na entrada do museu, os visitantes veriam um automóvel movido a combustível derivado do petróleo. Ao lado, uma amostra dessa matéria-prima. Numa das salas, expor-se-ia os seguintes objetos: fogão, caldeira, estufa, lareira, forno... tudo que consumisse madeira ou carvão para seu funcionamento. Em lugar de destaque, machado, motosserra, máquina florestal... Noutra sala: rede de pesca, matadouro, açougue, gaiola (de zoo, circo...), casaco de pele, calçado de couro... Numa terceira sala, as armas: espingarda, revólver, pistola, fuzil, metralhadora, canhão, míssil, amostras de gases letais...
Uma infinidade de outras coisas ou até mesmo tipos humanos (representados em estátuas de cera) seriam expostos nesse museu. Solicito aos caros visitantes deste blog que o enriqueçam com outras sugestões, acrescentando objetos no espaço das reticências. Aqui relacionei objetos que têm a ver com os crimes contra o meio ambiente (ar, flora e fauna) e contra pessoas.
As obras de arte do nosso tempo também teriam uma sala especial. De certa forma, elas expressam o absurdo. O monge budista Jorge Mello, por exemplo, colocaria uma sala de aula nesse museu hipotético. E você? Comente abaixo.

3 comentários:

Rúbida Rosa disse...

A moeda de troca também estará lá, junto com os cadáveres mumificados dos assassinos, dos usuários e dos santos e de todo o enxame humano fustigado por essa angústia de ter.

Rúbida Rosa disse...

Em Sânscrito, crise vem de KIR ou KRI que significa purificar e limpar. De KRI vem também crítica que é o processo pelo qual nos damos conta dos pressupostos e contextos, do alcance e dos limites, seja do pensamento, seja de qualquer fenômeno. De KRI se deriva também, "crisol", elemento químico com o qual se limpa ouro das gangas e , finalmente, "acrisolar" que quer dizer depurar, decantar. Então, a crise representa a oportunidade de um processo crítico, de depuração do cerne em que somente o verdadeiro vai permanecer, o acidental cai sem sustentação.Trocando em miúdos: a criação desse museu vai se dar naturalmente.

Anônimo disse...

Eu colocaria uma mente que teve suas coxilhas colonizadas pelos ditos absusrdos,livros ditos sagrados, imagens de ditos santos, ditos amuletos e ditas benzeduras. Cácio.