domingo, 1 de fevereiro de 2009

ÀS AVESSAS

Repensando a questão do Fórum, mudei de opinião: sou a favor da mudança. Se o centro da cidade virou um caos, como dizem por aí, está mais do que justificada uma nova sede. Por pensar que apenas a saída do Fórum não restituirá a ordem, sugiro que mudem a Prefeitura, os bancos, as farmácias, as lotéricas, as lojas, os restaurantes... Tudo que reúne pessoas seja transferido para algum bairro afastado.
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Ninguém pensou em fundar outra cooperativa em Santiago, exclusivamente para comercializar produtos agrícolas?
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Santiago fará um carnaval de uma noite só. Tudo é possível depois que Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça comporam um samba de uma nota só. A propósito, o carnaval foi banido de nossa cidade por uma opção daqueles que queriam mais ordem no centro.
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Júlio Prates postou dia desses Onde estão as livrarias da Terra dos Poetas? Pergunto onde estão os leitores. Em Santiago, a maioria dos poetas em atividade escreve versos sem leitura alguma de autores consagrados. Não vão me entender mal, disse a maioria. Os poetas que leem há 10, 20, 50 anos são exceção. Estes, exagerando um pouco, ainda andam à procura de um estilo próprio. Pessoalmente, dispõem de livros para suas leituras necessárias.
A nossa Universidade é preponderantemente científica, nada a ver com poesia (o projeto Santiago do Boqueirão, seus poetas quem são? é uma ilha. No campo das ciências sociais não há livros e nem leitores. Um bacharel em Direito gaba-se de não ter comprado um único livro durante o curso. Tudo xerocado (seu diploma deveria ser assim). Outro não leu um único livro. Disse-me, orgulhoso, que tivera uma pendenga com um professor que lhe exigia a leitura de um livro tal.
Mesmo que a Universidade conte com uma biblioteca, o cara se forma em Direito sem comprar ou ler um único livro... Isso é inadmissível.
Poetas e advogados iletrados. O que dizer dos cidadãos que se ocupam de outras atividades? O que dizer dos não-estudantes?

2 comentários:

Júlio César de Lima Prates disse...

Fala Froilam, nossos leitores existem, sim. Poucos, raros, mas existem. Eles compram livros pela net, vão a Santa Maria, catálogos. O que diz dizer é que é ridículo uma terra de poetas, não ter uma livraria. Abs

Fátima disse...

Oi, Froilam, obrigada pelo comentário no meu blog. Na verdade, eram três poeminhas, escritos em tempos diferentes, mas gostei da tua sugestão e agora é o poemão EM TRÊS TEMPOS.
Obrigada e que a Graça Divina esteja sempre contigo.