quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

CICLO ANUAL


uma árvore de esperança
é plantada
na passagem

alto carvalho
sobre a continuação
da mesma lajem

o limite das raízes
a secura
do tempo
fazem-na minguar
dia a dia

no último solstício
já um caule de grama
crestado



prestes a ser varrido
como coisa
despicienda
na passagem


OO

quando é plantada
uma árvore
de esperança

2 comentários:

Anônimo disse...

Impressionante, o uso que tu fez das cores.

Notei que o ciclo renovou-se num tom de cor mais forte, fiquei em dúvida: ou renovou-se mais forte e duradouro, ou mais maduro e mais próximo de seu fim.

Talvez o uso de recursos semióticos seja a esperança renovadora da poesia, gênero que perde cada vez mais espaço na sociedade da informação, que prima pela objetividade e precisão.

thiago

Al Reiffer disse...

Tens razão, Froilam, venho lutando há um bom tempo para criar meu próprio estilo, creio que agora começo a defini-lo. Os teus poemas também já demonstram um estilo próprio, uma coerência, principalmente de forma. A concisão e o universo lexical já são bastante recorrentes.