segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

SEGUNDA-FEIRA


O relÓgio de parede marca 9:30 horas. Depois de levantar, comer melão, tomar iogurte, cortar o cabelo no Alves, passar no supermercado (cada vez mais caro), levar o terno para a lavanderia, fazer a barba, tomar banho, servir um cOpO de coca-cola, venho blogar outra vez. Já é uma necessidade, ainda mais com o que vi nesta manhã, com estes olhos que o céu há de levar um dia (brincadeira, vale como poesia).
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Ontem, antes de deitar, postei sobre a água tratada, numa interlocução aberta pelo Márcio Brasil e continuada com o Júlio Prates. Blogueiros unidos em torno de uma questão importantíssima. Certamente, somos uma das células pensantes da nossa sociedade, fazendo bom uso desta tecnologia fantástica.
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Andando na Bento Gonçalves há pouco, vi um senhor lavando a calçada (quando desci) e molhando um imenso jardim (quando subi). A casa pertence a um conhecido empresário santiaguense do ramo imobiliário, e o senhor é seu serviçal. Mangueira na mão, completamente alheio ao que pensam e escrevem alguns homens conscientes, preocupados com o desperdício da água potável. Caso se trate de um poço artesiano, pior ainda, o crime ambiental persiste, com agravante.
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Não será fácil mudar a cultura de nossos contemporâneos. Imediatismo e consumismo se confundem. Imediatismo e exploração. Individualismo e egoísmo. Se o Estado interfere em questões financeiras, socorrendo aqueles que exploram bens naturais e humanos, por que não interferir em defesa destes bens? O Estado é o empresário que manda lavar a calçada de sua casa e é o pensador preocupado com a preservação do meio ambiente (com a consciência que norteará nossos filhos, netos e bisnetos).
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Intuição e razão se fundem em mim. Há treze dias, alertava que maior calor viria mais adiante. Ontem tivemos o dia mais quente depois do inverno. Mas se o hedonista pensa que fez calor... ESPEEEEEERA! Dias mais insuportavelmente quentes virão neste verão, quando uma pluma cairá na vertical para queimar sobre o asfalto. Melhor para nós, humanos, que o Sol ainda se encontre na chamada "seqüência principal", fundindo Hidrogênio apenas. No momento em que começar a fundir o Hélio que se acumula em seu núcleo, não sobrará uma gota de água sobre a superfície da Terra. Mais isso demorará milhões e milhões de anos. A nossa espécie já terá desaparecido há outros tantos milhões de anos. Essa verdade inexorável poderia até confortar os imediatistas de agora, como o empresário residente na Bento Gonçalves.
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Depois dessa, encerro minha postagem. Hasta luego!

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