terça-feira, 9 de setembro de 2008

EXPERIÊNCIA LUMINOSA


A primeira vez que tomei conhecimento do Big Bang, a Grande Explosão, bastou para me transformar num apaixonado defensor dessa teoria. O Universo – como o vemos a olho nu ou com o auxílio de telescópios potentes – teve um começo diferente do que ensinavam na catequese de domingo. Mais interessante ainda, saber que esse princípio aconteceu entre 13 e 15 bilhões de anos atrás, três vezes a idade do Sistema Solar. Hoje foi ativado o Large Hadron Collider (LHC), o maior acelerador de partículas já construído (cujo orçamento gira em torno de 10 bilhões de dólares). Sua principal finalidade é reproduzir um estado que se assemelhe ao teorizado para os segundos após o Big Bang. Os cientistas esperam encontrar o bóson de Higgs, partícula elementar que entraria na constituição de toda a matéria existente no Universo – chamada ironicamente por grupos contrários à experiência de "partícula de Deus". Por um lado, eles ironizam o objetivo da experiência e, por outro, temem que a colisão de prótons gere um buraco negro capaz de “engolir” a Terra. Stephen Hawking, o renomado físico britânico tetraplégico, assegura-nos que não há perigo. Ainda sobre o bóson de Higgs, em teoria, a partícula seria responsável pelas forças nucleares forte (que une prótons e nêutrons) e fraca (que mantém os elétrons em torno do núcleo atômico). Sua confirmação mudará muitos paradigmas, inaugurando uma nova era. Nesse sentido, trabalha a equipe coordenada pelo Conselho Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern). A paixão pelo conhecimento me faz sentir esperança em relação ao LHC. Adianto-me ao discurso criacionista, hoje sobejo de criticidade, que, certamente, associará o Big Bang ao “Faça-se luz”.

Um comentário:

Anônimo disse...

A pergunta e .como isso vai trazer beneficio a humanidade ?
Ou esses bilhões de dólares investido e pura curiosidade
Gostaria de acreditar que por traz de tudo isso tivesse algo mais de interessante e que eles só divulgaria depois de anos de experiência