terça-feira, 23 de setembro de 2008

DENSIFICAÇÕES PARENQUIMATOSAS

Até meados de setembro, encontrava-me incólume. Não havia me gripado. Antes da Semana Farroupilha, atravessava o inverno sem um resfriado. Em nenhum momento, no entanto, tirei onda da minha resistência. No fundo, tinha um palpite: outra vez, serei atacado pelos vírus durante a Semana Farroupilha. Para evitar efeitos (co)laterais, diminuí na alimentação - o que bastou para permitir formalmente o ataque da gripe. A malvada me encerrou em casa. Nos primeiros dias, sua presença é insuportável (quando o nariz corre sem brida). Nos dias subseqüentes, idem. Depois chega a tosse. Seca ou encatarrada. Dois vidros de resfenol, chazinhos quentes, laranja com mel, xarope, tudo para debelar o ataque. Ontem, ao tossir, senti uma pontada nas costas, lado esquerdo. Meio preocupado, procurei o médico pela manhã. Pediu-me raio-X do tórax e da face. No relatório do radiologista, está escrito em doutorês: - nível hidroaéreo no ... maxilar direito; - densificações parenquimatosas nos segmentos basais ... do lobo pulmonar interior esquerdo.Lendo isso, pensei no final do poema Pneumotórax, de Manuel Bandeira: "A única coisa a fazer é tocar um tango argentino". Brincadeira à parte, há uma hora comecei o tratamento com Azitromicina. Espero que essa gripe não se repita na próxima Semana Farroupilha, setembro do próximo ano. A propósito, os cavalos não passaram bonitos na avenida.

Nenhum comentário: