domingo, 10 de agosto de 2008

DIA DOS PAIS

O mito cristão (que narra a origem do homem) associa a figura do Grande Criador com a do Grande Pai. Aos elementos da Mãe Natureza juntou-se a vontade, o sopro de vida de Deus-Pai.
A realidade cristã considera o pai como o esteio principal que dá sustentação ao lar. A família sempre teve no pai um amparo seguro, um repositório da moral, da justiça, do conhecimento de mundo.
Todavia, a partir da segunda metade do século XX, novos paradigmas provocaram abalos nas estruturas sociais, atingindo a família tradicional, de origem cristã. O pai passou a ser questionado em sua justa autoridade, exigido por uma maior participação afetiva, sentimental.
Nessa aproximação necessária, a relação entre pai e filho entrou em crise, cujo resultado imediato tem sido a desmistificação do herói paterno, a falta de respeito, o distanciamento (de certa forma paradoxal).
Assim sendo, o Dia dos Pais constitui-se numa rara oportunidade para uma reaproximação dentro da casa. A homenagem ao pai, ainda que na contramão do consumismo exacerbado, que coisifica os afetos, deve ser espontânea, baseada na afeição e não na obrigatoriedade de dar algo material, comprado no comércio.
O maior presente que o pai pode receber neste dia, ou a qualquer momento, ao longo das semanas, meses e anos, é um abraço carinhoso.

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