domingo, 13 de julho de 2008

RINCÃO DOS MACHADO


Ontem tirei essa foto, sentado na varanda da casa do meu pai, no Rincão dos Machado. Entre o velho umbu (à esquerda) e o velho cinamomo (à direita), o Sol se pondo no horizonte distante (onde se localiza a vila Cerca de Pedras). Um pôr de sol extraordinário, porque contemplado da casa paterna.
Depois de três meses, fui ao rincão em que nasci, a trinta quilômetros da cidade, a Lés-Sudeste (ESE). Não há outro lugar em que me sinto melhor, apesar de não mais reencontrar a mãe. O vazio que ela deixou há dois anos aumentou o silêncio da minha alma é verdade, mas a vida continua na casa ocupada pelo pai (Vatinho) e pelo irmão (Marcos). Com seus 74 anos, o pai disse uma coisa interessante sobre sua velhice: "Quero durar até terminar, mas não quero terminar antes de muito durar".
Hoje a Maria fez quinze pães, que foram assados em forno de barro e tijolo. O processo: A lenha é queimada por uma hora e meia; as brasas são retiradas com uma vassoura de cabo longo; a temperatura é testada com uma palha (que não deve tostar logo); as formas são colocadas dentro do forno com uma pá também longa (para evitar o calor); a boca e o suspiro são fechados; 40 minutos de espera; e o pão está pronto. Desde o pão que a mãe fazia, não comia pão tão bom quanto o pão feito pela Maria hoje, à tarde.
Abaixo, duas fotos (antes e depois):

A Maria também fez uma panelada de chimia de abóbora (Houaiss grafa chimiê). Ajudei minha irmã nessa empreitada e mereci trazer uma parte do doce vermelho para passar no pão.

Um comentário:

Unknown disse...

AGORA LENDO ESSA DESCRIÇÃO TÃO PERFEITA CONCEGUI SENTIR O CHEIRO DO MELHOR PÃO DO MUNDO. EU OMO MUITO A NOSSA FAMILIA E ESSA VIDA SIMPLES É A MELHOR VIDA QUE POSSA SER DECRITA.
TIO TU É PERFEITO COM AS PALAVRAS.
T ADMIRO MUITO!!!
ANDRIELI