A despeito da revolução modernista ter inovado na produção literária, ainda há uma diferença entre a prosa e a poesia que precisa ser observada: a prosa é diacrônica; e a poesia, sincrônica. Para exemplificar, recorro ao meu poema abaixo, a dor. Mais precisamente, à estrofe
oo
oooootoda
ooooovi(d)a
oooooflor
oo
Diacronicamente, essa construção se transforma em todavia, a vida é como uma flor ou toda vida é como uma flor. Na prosa, há uma sucessão temporal bem definida pela coesão entre os termos que constituem o enunciado. Na poesia, isso é rompido com um novo arranjo, cujas lacunas sustentam a estrutura também espacial do poema.
2 comentários:
Boa noite,
Fascinante! Poderia dizer...
Faz muito que venho procurado contemporâneos interessados num estudo poético aprofundado.
Passeei por alto por seu blog e apreciei um bom bocado.
Gostaria de saber se tem disposição para me elucidar algumas questões que ainda me são dúvida.
Tenho sido um autoditada nos últimos cinco anos a respeito da versificação e da poesia em geral.
Seria-me de grande valhia conversar com alguém que tem dominios mais profundos dessa arte.
Desde já agradeço sua atenção.
para contato meu e-mail e msn é: srpersonna@gmail.com
beleeezammmmmmmmm!
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